domingo, 7 de fevereiro de 2010

O tracinho piscante de escrita da página em branco da nova postagem ficou me olhando meia hora. Depois da primeira frase conclusiva, ficou me olhando mais meia hora. Nada me vinha à cabeça, depois da vírgula, não conseguia pensar em nada pra completar a frase. Olhei pela janela, escutei fogos em pleno domingo, dia 7 de fevereiro. Fiquei me perguntando porque raios estavam soltando fogos. Concluí que devia ter começado algum jogo fulano contra ciclano na tv. Sempre a Tv. Quando não a tv, forró e funk neste lugar perdido e esquecido pelo prefeito Sir. João Paulo Tavares Papa. No more críticas nem julgamentos. Cabe a cada um fazer o que lhe cabe. Cabe a mim odiar forró-calypso e funk. Cabe a mim desligar a tv quando começa jogo de futebol. Ou Big Brother Brasil. Acabei de ler um cordel do Antônio Barreto, intutulado "Big Brother Brasil, um programa imbecil". Antônio Barreto é um cara ácido. Gosto de pessoas assim. É o mesmo autor do cordel sobre o Caetano Veloso.Uma outra crítica, aliás. Caetano foi trilha sonora da minha infância num sítio em Itanhaém, porém, eram só as canções da época de tropicalista dele. Simpatizo muito mais com todos eles em fase tropicalista. Atualmente parece que enterraram seus passados e deixaram sem lápide. E eles mal conseguem recordar. Também faço isso comigo mesma, mas com meu passado "mau momento", onde creio eu que se não enterrasse e deixasse sem lápide, me renderia aos traumas e passaria a vida esperando sempre mais do mesmo. E não, definitivamente, não quero mais do mesmo. Por isso que vivo mudando de padrão. Pra nunca me estabelecer definitivamente em um. Muito sol lá fora, calor absurdo e estou pensando em ir até o cinema. Assistir Coco antes de Chanel. Me falaram muito bem desse filme. Pensei também em Avatar, mas eu realmente fujo de coisas óbvias. E acho que é por isso que hoje resolvi ir no cinema sozinha, pra fugir um pouco mais do óbvio. Lembro de um ex meu dizendo que o mundo não foi feito pra pessoas sozinhas. Mas a verdade é que elas existem e vivem muito bem com suas solidões. E sabe como é, antes só do que mal acompanhada. No meu atual humor, qualquer boa companhia seria ruim, porque hoje eu estou ruim. Por isso tenho lido coisas ácidas. Como diria Lenine, "Hoje eu quero sair só". Não, você não vai me acertar à queima roupa. Não vou terminar de cantar isso, tem um trecho que não está condizendo. Ou talvez esteja condizendo demais. O fato é que passar mais um domingo enfornada em casa não vai resolver minha vida. E calor por calor, em casa continuo passando calor. Então vou passar calor no cinema. Sozinha. Vou usar minha regata nova artsy-gothic da Sommer. Porque agora o Sommer é "Do Estilista". Vou levar meu caderninho também, pra anotar as idéias que me surgem quando penso demais. E eu realmente tenho pensado demais.

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