terça-feira, 3 de agosto de 2010

Questões

Pontos de interrogação flutuantes permanentemente bóiam quase invisivelmente defronte aos meus olhos. Quase, digo, porque só eu os enxergo. Ninguém mais.
Questiono-me sobre o fundamento das coisas, procuro sentidos já supondo que sequer existem. Nada do que dizem faz realmente sentido. Palavras quando repetidas como um mantra, acabam não tendo significado algum.
É só fazer o teste e concluir.
VIDA
VI-DA
V-I-D-A
A-D-I-V
D-I-V-A
V-A-D-I
VIDA
V-I-D-A
VIDA
VIDA
VIDA
VIDA
VIDA

Foque sua atenção no som das palavras.
v
vhhh
vhhh
Assim que fica o som. Quando dita somente a letra V.
i i me lembra "iiiiiiiiihhhhhhhhh, fudeu" assim, simples. É isso que o i me lembra.
D. "Dê" é uma letra que nada é sem uma vogal. Repararam? Letra inútil.
A. A. Completamente sem sentido o som que se dá ao pronunciar essa letra.

E mais sentido fica se ficar repetindo como mantra.
Vida. Palavra tão sem sentido quanto o próprio significado da palavra.
Nada significa pra quem não tem uma vida.
Só significa pra quem é vivo, pra quem vive, pra quem existe.
Mas talvez até o que não exista exatamente, existe. Talvez, eu disse.
Talvez.

Não há uma real necessidade de se repetir essa palavra ou qualquer outra para concluir o quão sem sentido são as coisas. Basta imaginar-se como uma pessoa desprovida de sentidos físicos e uma mínima capacidade de pensar/raciocinar.
O que seria exitir? O que seria a vida?
Nada.
Aquilo que inexiste.

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